Esse fenômeno Bolsonaro é desespero, diz Alvaro Dias

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2018 14h18
Johnny Drum/ Jovem Pan

Candidato ao Palácio do Planalto pelo PODEMOS, Alvaro Dias classificou as altas intenções de voto de Jair Bolsonaro (PSL) como um resultado do “desespero” dos brasileiros. No Pânico na Rádio desta terça-feira (17), o senador disse que espera que Bolsonaro se recupere bem do ataque a faca que sofreu, mas que não seja eleito à Presidência.

“Esse fenômeno ao Bolsonaro é desespero. Ele está na UTI, então tenho dificuldade em dizer as coisas sobre ele. O que posso dizer, com muito respeito, é que quero que ele saia de lá muito bem, mas não para governar o Brasil, porque para isso precisa de mais preparo e experiência administrativa”, falou.

Para Alvaro Dias, os 30 anos de experiência de Bolsonaro no Congresso não se qualificam: “se algo bom foi feito eu renuncio minha candidatura e o apoio, mas me apontem algo, veja se há discurso combatendo a corrupção”, apontou ao dizer que acredita ser fundamental acabar com o discurso de ódio e o “Fla X Flu” político.

“Precisamos acabar com essa história de extrema direita contra extrema esquerda, de votar em um só porque outro não pode ganhar”, opinou. “Não podemos alimentar ódio, raiva e intolerância porque isso destrói a democracia, temos que nos respeitar”, continuou.

“Eleição desigual”

No Pânico, Alvaro Dias ainda criticou a eleição desigual que não oferece as mesmas condições de campanha política para todos os candidatos – principalmente em tempo de televisão e rádio. Ao citar o Jornal Nacional, o candidato responsabilizou o TSE pelo problema.

“A lei diz que todos são iguais na ocupação da grande mídia brasileira e que nenhuma emissora pode privilegiar candidatos, então apostei na lei para ter espaço e não estou tendo. A lei está sendo rasgada no Brasil e a culpa não é da mídia, mas do TSE que não obriga o cumprimento”.

“Essa é uma eleição desigual e talvez seja a mais injusta de todas”, continuou ao falar sobre o fundo eleitoral. “Uma aliança tem mais de 800 milhões para gastar na campanha e outros quase nada. O eleitor tem que adivinhar”.

Para compensar a “falta de espaço”, o presidenciável aposta na “inteligência dos brasileiros para não aceitar o jogo da extrema direita e da extrema esquerda”. “A eleição vai ser decidida na última semana”, opinou.

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